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domingo, outubro 5, 2025

Apenas 56% das famílias brasileiras oferecem mesada, apesar de reconhecerem seu valor educativo

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Estudo da Serasa em parceria com a Opinion Box mostra que a maioria dos pais vê na mesada uma ferramenta eficaz de educação financeira, embora sua adoção ainda não seja universal

Uma pesquisa realizada pela Serasa, em colaboração com a Opinion Box, revela que 56% das famílias brasileiras repassam mesada aos filhos. Embora a prática ainda não seja predominante, 89% dos responsáveis reconhecem que a mesada contribui significativamente para o desenvolvimento da consciência financeira desde a infância.

A pesquisa foi conduzida em alusão ao Dia das Crianças, celebrado neste sábado (12), e evidencia uma lacuna entre a valorização do hábito e sua adoção efetiva.

Medo do despreparo financeiro na vida adulta

Entre os pais que optam por conceder mesada, a justificativa principal está na preocupação de que os filhos cheguem à idade adulta sem saber administrar um orçamento. Nesse contexto, 79% afirmam conversar com os filhos sobre a importância de poupar e investir com foco no longo prazo — uma tentativa de antecipar lições que serão essenciais na vida financeira futura.

Entre os que preferem não adotar a prática, os motivos se distribuem da seguinte forma:

  • 35% acreditam que é mais eficaz ensinar que o dinheiro deve ser conquistado por meio do trabalho;
  • 32% preferem gerenciar os recursos diretamente, oferecendo valores pontuais conforme a necessidade;
  • 27% mencionam limitações financeiras como impeditivo.

Valores, meios de pagamento e critérios condicionantes

A introdução da mesada costuma ocorrer de forma precoce: a maioria das famílias inicia o hábito antes dos 8 anos de idade. Em 61% dos casos, os valores repassados não ultrapassam R$ 100 mensais, sendo o montante frequentemente atrelado ao comportamento dos filhos e ao desempenho escolar.

Quanto à forma de pagamento, observa-se uma transição gradual para meios digitais:

  • A maior parte das mesadas ainda é entregue em dinheiro;
  • 23% dos responsáveis utilizam contas digitais infantis;
  • 16% optam por cartões de débito em nome da criança.

Inclusão nas decisões domésticas desde cedo

Além da mesada, o levantamento também aponta que cerca de 80% dos pais consideram importante incluir os filhos nas conversas sobre finanças do lar. A prática é vista como uma forma de incentivar o diálogo e preparar os jovens para uma relação mais madura e responsável com o dinheiro ao longo da vida.

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